terça-feira, 9 de agosto de 2011

INVESTIDORES TÊM INTERESSES EM VÁRIAS ÁREAS NA BAHIA


A demonstração de interesse do capital chinês pela Bahia não fica só no setor automotivo. Desde o final de semana, uma comitiva da Aviation Industry Corporation of China (AVIC XAC-IEC) faz contatos visando trazer empreendimentos à Bahia. No último domingo, o grupo se reuniu com o milionário minerador João Carlos Cavalcanti, da WMRSA, no Hotel Deville. Os chineses querem investir na exploração e beneficiamento de ferro, alumínio, níquel, cobre, terras raras e agrominerais (potássio, enxofre e fósfato).

Ontem, a missão chinesa teve outro encontro, desta vez na Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração, que contou com a presença do ex-secretário do Planejamento e atual senador, Walter Pinheiro. Segundo Pinheiro, a Indústria de Aviação Chinesa (na tradução do nome do inglês para o português) mira ainda as áreas de portos, energia, ferrovias e telecomunicações.

Atua ainda na produção de energia eólica e de energia fotovoltaica, aviões, trens, caminhões, ônibus e também atua no setor de telecomunicações. O grupo chinês está presente setores que vão da fabricação de aviões à construção civil. A comitiva chinesa também esteve reunida ontem com representantes da Secretaria do Planejamento (Seplan), onde conheceu projetos que estão sendo desenvolvidos pelo Governo da Bahia.

Entre os seus principais empreendimentos está a ponte de 36 quilômetros na baía de Hangzhou, em Xangai, considerada a maior do mundo sobre o mar. Nem o parlamentar nem o empresário informou nada sobre uma possível participação da Avic no projeto da ligação Salvador-Itaparica, em gestação na Seplan. “Eles falaram comigo apenas sobre minha área, que é Mineração”, frisou Cavalcanti.

Os chineses da Avic embarcam hoje para São Paulo. No próximo domingo e na segunda-feira eles têm novo encontro com João Carlos Cavalcanti, quando devem acertar os detalhes sobre os investimentos na Bahia. “Eles demonstraram interesse”, afirmou o sócio da WMRSA. As conversas giram em torno de 28 propostas, com duração de até 10 anos.

Executivos chineses representando a Ferrous Brazil Resources e a Prosperty International manifestaram interesse em movimentar cargas no equipamento. A Ferrous está presente no município de Coração de Maria, com projeção de produção de 15 milhões de toneladas de minério de ferro na mina de Jacuípe. A operação deve começar em 2014. Em estudo ainda a construção de um mineroduto e um terminal portuário.

Este ano, um grupo chinês assinou protocolo de intenções com o governo baiano visando o processamento de soja em Barreiras, na região oeste. Irá produzir 1,5 milhão de toneladas/ano e gerar 300 empregos diretos, com investimento de R$ 330 milhões.
A JAC está presente no mercado nacional desde março deste ano, quando inaugurou 38 revendas simultaneamente, incluindo uma na capital. Hoje vai lançar o terceiro modelo a venda em território nacional, o J6, uma van tipo família, destinada às classes A e B, com preço em torno de R$ 59 mil. 

Cada uma das 50 concessionárias custaram em média R$ 2 milhões. Em publicidade, o grupo chinês desembolsou US$ 140 milhões. Dois fatores fortaleceram a decisão de construir um fábrica – o receio da dependência do câmbio na importação dos veículos importados e a elevação nas vendas, uma vez que o pedido demora seis meses para chegar.


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