quarta-feira, 30 de novembro de 2011

PSICOPATAS NO TRABALHO

                                                                      Psicopatas no Trabalho




Folheando a Super Interessante desse mês, encontrei uma matéria que me chamou a atenção: “Psicopatas no Trabalho”, após a leitura, refleti um pouco lembrando as pessoas que mantive contato nas empresas em que trabalhei e cheguei a uma aterradora conclusão, de que realmente existe psicopatas onde você menos espera.

Logo abaixo, um trecho considerável da matéria, e tomem cuidado, o suposto colega de trabalho que é o companheiro de cafezinho e ouve você reclamar do salário pode ser um perigoso psicopata.



PSICOPATAS NO TRABALHO

Maurício Horta

Revista Super Interessante – Maio 2011

Eles querem dinheiro, poder, um cargo alto. São quatro vezes mais comuns nas empresas do que nas ruas. Cuidado: pode ter um na mesa ao lado.

Luana conseguiu o emprego com que sempre sonhou. Era uma empresa farmacêutica conhecida por seu ambiente competitivo, mas também por bons salários e chances de crescer profissionalmente. Nova no escritório, logo ficou amiga de Carlos, um sujeito atencioso de quem recebeu até umas cantadas.

Em poucos meses, apareceu a oportunidade de Luana liderar seu grupo na empresa. Parecia bom demais não fosse uma inquietação ética. Ela desconfiava que a companhia garantia a venda de seus produtos graças a subornos a médicos. Isso incomodava tanto Luana que, durante um intervalo para um lanche, ela desabafou com o amigo Carlos. Ele também parecia indignado com a situação. Seria uma conversa normal entre colegas de trabalho – se Carlos não tivesse se aproveitado. Em um momento de distração de Luana, ele pegou o celular da colega e ligou para o chefe de ambos. Caiu na secretária eletrônica, que gravou toda a conversa entre Carlos e Luana. A moça, grampeada, chegou a questionar se o chefe poderia ter algo a ver com os subornos. Acabou demitida por justa causa. Carlos tomou o lugar de líder que seria dela.

A história é real (os nomes foram trocados). E esse Carlos, um cretino, não? Na verdade é pior: ele age exatamente como um psicopata. Há 69 milhões de psicopatas no mundo, o que dá 1% da população em geral. Então, no fim da história, Carlos faz picadinho de Luana, certo? Errado. Sim, há muitos psicopatas violentos, como Hannibal Lecter de O Silêncio dos Inocentes ou Pedrinho Matador, que afirmava ter assassinado mais de 100 pessoas. Por isso a cadeia é um dos dois lugares em que se encontram muitos psicopatas. Eles são 20% da população carcerária e 86,5% dos serial killers. Mas um psicopata não necessariamente vira assassino. Na verdade, ele vai atrás daquilo que lhe dá prazer. Pode ser dinheiro, status, poder. É por isso que outro lugar fértil em psicopatas, além da cadeia, é a firma.

Pode ser uma empresa pequena, como a loja de sapatos da esquina. Pode ser uma fundação, uma escola. O importante é que o psicopata enxergue ali a chance de controlar um grupo de pessoas para conseguir o que quer. Mas poucos lugares dão tanta oportunidade para isso do que uma grande companhia. “Psicopatas são atraídos por empregos com ritmo acelerado e muitos estímulos, com regras facilmente manipuláveis”, diz o psicólogo Paul Babiak, especialista em comportamento no trabalho.

Até 3,9% dos executivos de empresas podem ser psicopatas, segundo uma pesquisa feita em companhias americanas. Uma taxa de psicopatia quatro vezes maior do que na população em geral. Eles não matam seus colegas, mas usam o cargo para barbarizar. Cancelam férias dos subordinados, obrigam todo mundo a trabalhar de madrugada, assediam a secretária, demitem sem dó nem piedade. Isso quando não cometem crimes de verdade. Um terço das companhias sofre fraudes significativas a cada ano, de acordo com uma pesquisa de 2009 realizada pela consultoria PriceWaterhouseCoopers, que analisou 3037 companhias em 54 países. Por causa dessas mutretas, cada uma perde, em média, U$ 1,2 milhão por ano. Muitos desses golpes podem ser obra de psicopatas corporativos.

“Eles são capazes de apunhalar empregados e clientes pelas costas, contar mentiras premeditadas, arruinar colegas poderosos, fraudar a contabilidade e eliminar provas para conseguir o que querem”, diz Martha Stout, psiquiatra da Escola Médica de Harvard por 25 anos e autora do livro Meu Vizinho é um Psicopata. E fazem isso na cara dura, como se não estivessem nem aí para o sofrimento alheio. É que, na verdade, eles não estão ligando nem um pouco mesmo.

DEZ PISTAS PARA IDENTIFICAR UM PSICOPATA

Só um psiquiatra conseguiria dar o diagnóstico certo. Mas, se algum colega de firma tiver esses traços, dá para suspeitar.

1. RELACIONAMENTOS

• 1.1. SUPERFICIAL – Não se importa com o conteúdo, e sim em como vendê-lo.

• 1.2. NARCISISTA – Preocupa-se apenas consigo mesmo.

• 1.3. MANIPULADOR – Mente e usa as pessoas para conseguir algo.

1. SENTIMENTOS

• 2.1. FRIEZA – É racional e calculista, pois tem pouca atividade no sistema límbico, centro das emoções como medo, tristeza, nojo.

• 2.2. SEM REMORSO – Não sente culpa. A parte responsável por isso no cérebro tem baixa atividade.

• 2.3. SEM EMPATIA – Não consegue se colocar no lugar dos outros.

• 2.4. IRRESPONSÁVEL – Só se compromete com o que lhe trouxer benefícios.

1. ESTILO DE VIDA

• 3.1. IMPULSIVO – Tenta satisfazer as vontades na hora.

• 3.2. INCAPAZ DE PLANEJAR – Não estabelece metas de longo prazo.

• 3.3. IMPRUDENTE – Corre riscos e toma decisões ousadas.

Fonte: Without Conscience – Robert Hare

Empresas que estimulam a competição entre funcionários são o ambiente ideal para o psicopata.

O CANTO DO PSICOPATA

Os xavecos que ele usa para manipular os colegas:

“EU GOSTO DE QUEM VOCÊ É” – Por que funciona: O psicopata mostra admiração pelo talento e pelos pontos fortes da vítima. E passa a ser visto como um dos poucos a reparar verdadeiramente no potencial dos colegas.

“EU SOU COMO VOCÊ” – Por que funciona: O psicopata identifica características da personalidade da vítima e faz de conta que compartilha gostos e interesses.

“SEUS SEGREDOS ESTÃO SEGUROS COMIGO” – Por que funciona: A vítima, achando que está diante de um amigo, abre o coração e conta medos e expectativas.

“SOU SEU AMANTE / AMIGO IDEAL” – Por que funciona: Último estágio da manipulação. O psicopata cria um elo psicológico que promete uma relação duradoura. A vítima já está em suas mãos.

Chega a ser assustador, mas infelizmente é uma realidade e esse post servirá para alertar muitos departamentos de RH, que pensam em apenas fazer alguns “testes” com dinâmicas arcaicas de grupo e não conseguem ver a verdadeira face do futuro contratado. Continuo batendo na mesma tecla, simples testes psicotécnicos nunca poderão definir características ou distúrbios de personalidade, os denominados “psicopatas da geração Y” tem acesso a informação (como a que coloco em meu blog) e estão cada vez mais preparados para uma dissimulação quase que perfeita. A solução para isso? Adotar metodologias mais criteriosas para a escolha de candidatos, “armadilhas” modernas e não um simples papel e lápis.



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

FABRICA JAC MOTORS CONFIRMA SUA INSTALAÇAO NA BAHIA

Chinesa JAC confirma construção de fábrica em Camaçari


Da Redação

Hatch J3 é hoje o carro de entrada da marca

A chinesa JAC Motors confirmou a instalação de uma fábrica em Camaçari, na Bahia. Segundo Sérgio Habib, presidente da filial brasileira, as obras começarão no ano que vem e serão concluídas em 2014, quando cerca de 3.500 funcionários darão início às atividades divididos em dois turnos de trabalho. Pelo planejamento original, a planta contará com centros de desenvolvimento de novas tecnologias, de estilo e design, pista de testes, laboratórios de acústica e controle de emissão de poluentes e centro de capacitação profissional. A meta é fabricar 100 mil veículos por ano.

Habib não revelou quais carros serão produzidos por lá, se J3, J3 Turin e J6, os que a marca vende hoje no Brasil, ou se modelos inéditos. Ele se limitou a comentar que os produtos fabricados em solo baiano terão preço por volta de R$ 40 mil (caso de J3 e J3 Turin).

Para viabilizar o empreendimento, serão investidos R$ 900 milhões, dos quais 80% de capital nacional e 20% chinês. Em recente encontro com jornalistas, Habib revelou que produzir no Brasil é uma necessidade, pois trabalhar exclusivamente com importação é mais difícil por causa de custos e logística.

A JAC chegou ao Brasil em março deste ano. No mês que vem, a marca abre sua primeira loja em Santos. Até a metade de 2012 dois novos produtos serão incorporados à linha chinesa: o sedã médio J5 e o compacto J2.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011

NOSSO DINHEIRO SENDO JOGADO NO LIXO PARA BANCAR LUXURIA DE SERVIDORES PUBLICOS QUE GANHAM UMA FURTUNA

Dinheiro público ajuda a pagar jogos de 320 juízes em resorts em PE


por Fábio Fabrini BRASÍLIA - Cerca de 320 juízes e seus acompanhantes estão contando com o apoio de empresas estatais para fazer turismo esportivo em Porto de Galinhas (PE). O Banco do Brasil e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, bancaram parte dos Jogos Nacionais da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), uma maratona de provas em resorts à beira-mar, com modalidades que vão do tiro esportivo ao pingue-pongue e ao dominó.



Os Jogos Nacionais da Anamatra começaram no sábado e terminam nesta quarta-feira. A Anamatra admite ter recebido R$ 180 mil em patrocínios, sendo R$ 50 mil do BB e R$ 35 mil da Chesf. A Secretaria de Turismo de Pernambuco também contribuiu com despesas de uma orquestra de frevo. Completam a lista de beneficiadores empresas como Oi e Ambev.



O dinheiro público empregado no evento cumpre a dois propósitos principais, como ressalta o site dos jogos: propiciar "a interação, o convívio, a troca de experiências e o estreitamento dos laços entre todos os que fazem a Justiça do Trabalho", além de promover a saúde da magistratura. É que uma pesquisa da associação apontou altos índices de depressão, obesidade, hipertensão e sedentarismo entre os juízes, decorrentes, segundo a entidade, "da alta carga de trabalho, da pressão por crescente produtividade e da falta de estrutura no ambiente de trabalho".



O presidente da Anamatra, Renato Sant'Anna, lembrou, em referência ao reajuste de salário negado pelo governo ao Judiciário, que as "olimpíadas" são uma chance de unir a categoria num "momento difícil" para a magistratura.



Procurada, a Anamatra alegou que os participantes pagaram taxa de inscrição (R$ 200), além de suas despesas de deslocamento para Porto de Galinhas, hospedagem e alimentação, sem colaboração dos patrocinadores. "As empresas e entidades que apoiaram o evento contribuíram para reduzir os custos com infraestrutura dos jogos, manutenção dos espaços, sinalização e arbitragem das partidas", explicou, em nota.



O Banco do Brasil argumentou que o público-alvo do evento atende a seus interesses mercadológicos, pois os juízes são clientes com bom poder aquisitivo. "Além disso, o banco tem folhas de pagamento, entre outros negócios, com diversos Tribunais Regionais de Trabalho, incluindo o de Pernambuco, que geram rentabilidade muitas vezes superior ao patrocínio a este evento", justificou.



A Secretaria de Turismo de Pernambuco informou que, procurada pela Anamatra, julgou pertinente oferecer a banda de frevo para divulgar a cultura local, já que há no evento juízes de todo o Brasil e eles são turistas em potencial. A Chesf não se pronunciou.



Desde sábado, aproveitando o feriadão enforcado, os juízes disputam 11 modalidades, com direito a medalhas para os campeões. A primeira festa de premiação, comandada por um humorista, foi à beira da piscina do Summerville Resort, um dos quatro que hospedam os atletas, cuja diária mais barata sai a R$ 820. O encerramento seria nesta terça-feira.



Uma das novidades deste ano foi o dominó, que ficou entre as modalidades mais concorridas. Participaram 32 duplas, que jogaram por cinco horas na segunda-feira. Os maranhenses Carlos Castro e Francisco de Andrade Filho levaram o ouro.



Os triunfos são registrados num site criado para o evento. No xadrez, levou a melhor o juiz da 12ª Região Gustavo Menegazzi.



- Foi um ano complicado, pois vim de uma cirurgia no joelho, então, para mim, o título é muito importante - disse Menegazzi ao portal.



Fonte: O Globo Online - 01/11/2011