quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Os tímidos também têm vez


Os tímidos também têm vez

- por Daniela Lessa, com colaboração de Márcio Jardim 

Timidez não é crime. Sequer é uma desgraça absoluta, mesmo no ambiente corporativo. Na verdade, líderes introvertidos tendem a ser mais abertos a sugestões, mais tranquilos em momentos de pressão e, em geral, possuem maior capacidade de observação e, por isso, compreendem melhor o que acontece ao seu redor. Essas são as principais conclusões da pesquisa sobre lideranças introvertidas comandada pela professora Francesca Gino, da Harvard Business School, dos Estados Unidos.
 A pesquisa, que revela que os quietos também têm vez em cargos decisórios, ouviu chefes de diferentes setores e níveis hierárquicos de companhias norte-americanas. A ideia inicial era identificar como a extroversão ajudava as pessoas a progredirem na carreira, mas, conforme os contatos foram ocorrendo, o foco do estudo foi alterado. “Propusemo-nos a examinar em quais condições os líderes introvertidos podem ter uma vantagem”, conta Francesca. 
 A professora afirma que, em determinadas situações, os introvertidos podem ser, inclusive, melhores líderes do que os extrovertidos. “Em ambientes em que os membros da equipe são pró-ativos, eles são mais propensos a ouvir as idéias sugeridas e é provável que sejam mais receptivos a elas”. Ela completa dizendo que essa liberdade pode estimular os membros da equipe a desenvolverem um trabalho melhor em comparação com os seguidores de chefes extrovertidos.
 O problema, entretanto, é descobrir os talentos dos profissionais mais discretos no ambiente competitivo das corporações. Como a tarefa não é fácil, Francesca insiste em que as companhias ouçam o que seus colaboradores mais calados têm a dizer. “Em uma das empresas que entrevistamos, uma simples regra foi implementada: os introvertidos, líderes ou membros de equipe, passaram a ter um tempo extra, após as reuniões de negócios, para sugerir ideias a respeito dos temas discutidos”, exemplifica. Ela explica que essa medida foi adotada porque se sabia que a maior parte da reunião era consumida pelos extrovertidos, sem que o tímidos pudessem, sequer, se manifestar. 

Timidez tem limite 

 Embora a pesquisa de Harvard apresente qualidades dos tímidos para o mercado corporativo, a consultora sênior do Grupo Foco, Silvia Gérson, ressalta que timidez tem limite. Para ela, essa característica da personalidade precisa ser controlada para não atrapalhar o desempenho no trabalho. Silvia afirma que uma equipe para ser eficiente precisa ter uma boa troca de ideias dos seus membros e, nesse momento, ser introvertido pode significar um obstáculo. “Se você tem um líder que mais ouve do que
fala e quase nunca expõe sua opinião, o time dele fica sem um feedback”, comenta. 
 Outro fator negativo apontado por Silvia é a impressão de antissociais que as pessoas introvertidas passam e que pode atrapalhar no relacionamento com os demais. “Hoje as empresas se preocupam muito com o ambiente de trabalho; se não houver uma integração dos mais tímidos, eles podem ficar isolados do resto do grupo, o que não é interessante para as companhias”, argumenta.
 Silvia, que advoga que timidez é mesmo um problema, sugere algumas dicas para resolver a questão. “Às vezes o indivíduo se torna mais fechado por causa de traumas do passado e a indicação é submeter-se à psicoterapia; outra alternativa é simular as situações em que teria medo de se expor com amigos e familiares para treinar-se a atuar em situações de possível inibição”, aconselha. 
 Menos crítica do que Silvia, a coordenadora da Divisão Executiva da RH Internacional, Denise Bertoli, admite que ela mesma possa ser vista com introvertida pelos colegas de trabalho por ser muito concentrada nas suas atividades. Apesar do jeito menos expansivo, ela coordena uma equipe de cinco pessoas, que deverá receber mais dois colaboradores em janeiro, e alega ter um bom relacionamento com todos na empresa. “Sem muito oba-oba”, pontua. Para ela, ouvir a equipe é essencial: “é uma forma de desenvolver melhor nosso trabalho”, conclui.




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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Como o RH pode ter um bom 2011, na empresa?


Como o RH pode ter um bom 2011, na empresa?

Por: Vagner Santos
Patrícia Bispo
Formada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo, pela Universidade Católica de Pernambuco/Unicap. Atuou durante dez anos em Assessoria Política, especificamente na Câmara Municipal do Recife e na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco. Atualmente, trabalha na Atodigital.com, sendo jornalista responsável pelos sites: www.rh.com.br, www.portodegalinhas.com.br e www.guiatamandare.com.br.
Com a chegada do Ano Novo, geralmente, as pessoas fazem planos tanto no campo pessoal quanto profissional. E os profissionais de Recursos Humanos certamente já pensaram em algo que querem ver concretizado, principalmente no campo organizacional. Por isso, se você faz parte dos que não querem ficar na zona de conforto, garantir seu espaço no mercado altamente competitivo, seguem algumas sugestões para você que atua na área, começar 2011 com o pé direito.

1 - Faça uma auto-avaliação com base no desempenho que você teve em 2010, na empresa em que atua. Seja sincero consigo e identifique os seus pontos fortes e aqueles considerados fracos, que precisam ser trabalhados para que seu êxito na carreira não seja comprometido.
2 - Participe das atividades e dos treinamentos que a organização oferece a você. Se há verbas para seu aprimoramento, não deixe para depois o que pode ser feito agora. Caso não existam treinamentos internos que contribuam para o seu crescimento profissional, nada de perder o ânimo. Recorra ao autodesenvolvimento através de leituras em sites especializados, revistas que focam o segmento em que você atua, livros, pesquisas, entre outras ricas fontes de informação.
3 - Valorize o network não apenas em encontros presenciais, mas também através das redes sociais tão valorizadas em um mercado globalizado. Esteja atento à atualização dos seus dados, pois eles podem lhe valer novos canais de desenvolvimento e até mesmo da valorização da sua empregabilidade.
4 - A troca de informações para seu próprio desenvolvimento também pode estar mais perto do que você imagina, ou seja, junto aos seus colegas de trabalho. Por isso, esteja atento aos profissionais do seu convívio e procure se possível, destinar umas duas horas para formar um grupo de estudos com quem realmente esteja disposto a desenvolver-se e agregar novos conhecimentos na área.
5 - Seja receptivo às inovações e nunca menospreze a si próprio. Não diga que seja impossível acompanhar as mudanças, porque cabe ao seu esforço e à sua própria força de vontade vencer os obstáculos que surgirão no dia a dia.
6 - Lembre-se de que o mercado necessita de talentos que atuem estrategicamente, sejam ativos e nunca passivos. Como um profissional que atua na área de Recursos Humanos, você necessita fazer a sua parte para ser considerado um parceiro do negócio. Para entender melhor como se migra do operacional para o estratégico, leia casos de sucesso de outras empresas mesmo que essas não sejam do mesmo segmento em que você atue.

7 - Para que uma área de RH realize ações com reais chances de êxito, é fundamental estar próximo dos demais profissionais. Ou seja, quem fica apenas atrás da mesa não terá chances de conhecer a realidade dos colaboradores e tampouco conduzir ações que atendam às reais necessidades dessas pessoas que fazem a organização funcionar.
8 - Também dê valor ao seu ambiente de trabalho. Observe o que pode ser melhorado na sua sala e que dependa diretamente de você. A valorização do ser humano deve começar pelo próprio RH, pois você também deve se valorizar. Se abrir as janelas traz mais luz para o ambiente de trabalho, não pense duas vezes e se dê esse presente. A foto de alguém que você ama, em cima da sua mesa também é algo que o fará pensar duas vezes antes de desistir de algo.
9 - Trabalhar faz bem, mas se lembre que, além disso, é ótimo reservar um espaço para sua vida pessoal. Não se torne um workaholic e tenha tempo para os amigos e a família.
10 - Por fim, trace suas metas para 2011 e dê datas para alcançar cada uma delas. Não permite que elas fiquem apenas no papel. É muito fácil dizer que se quer fazer isso ou aquilo. Contudo, é preciso ter foco para conquistar seus objetivos.


Feliz Natal e Ótimo 2011.


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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Apagão de Talentos – Como tirar proveito disso?


Nunca se falou tanto em apagão de talentos no Brasil como nos últimos anos. Este tem sido um efeito colateral negativo do crescimento econômico brasileiro. A falta de profissionais qualificados é a maior preocupação dos Gestores, revela a pesquisa “Global CEO Sudy 2010, realizada pela IBM.
A pesquisa apontou que no Brasil, a falta de mão de obra especializada e competente é o maior problema de 71% dos presidentes de empresas entrevistados. Um percentual superior à média mundial que é de 58%. Ricardo Gomez, diretor da consultoria da IBM América Latina revela: “Com o investimento das empresas aumentando, a competição pelos profissionais mais capacitados aumenta e há dificuldade para preencher vagas”.
Segundo Gomez o déficit de profissionais não ocorre apenas no nível tecnológico sendo que a preocupação com as competências dos funcionários é apontada por 50% dos gestores brasileiros como principal fator externo que irá impactar o crescimento das empresas nos próximos três anos.
Agora a boa notícia.
Para mim o profissional talentoso é aquele que possui habilidades técnicas e comportamentais excepcionais, isto é, totalmente fora da curva, destacando-se da maioria dos outros funcionários da empresa. O mais interessante é que estas habilidades podem ser natas ou adquiridas, isto é, qualquer pessoa pode desenvolver-se e entrar neste rol de pessoas tão requisitadas no mundo corporativo.
Veja a seguir uma pesquisa, apresentada pela revista VOCE SA, da consultoria McKinsey realizada com 140 presidentes, onde foram mapeadas as aptidões comportamentais que fazem a diferença para tornar-se um profissional talentoso:
- Comunicação oral e escrita: 70% dos gestores apontam que esta é a principal competência a ser desenvolvida
- Automotivação: profissionais que tem um motivo pessoal para o trabalho são 05 vezes mais produtivos do que os que trabalham apenas pelo salário no final do mês.
- Poder de análise / pensamento crítico: 81% dos gestores entendem que esta será a habilidade mais requerida nos próximos 05 anos.
- Conexão com o mundo: “profissionais que circulam em grupos diferentes desenvolvem um olhar inovador para antigos problemas“ diz Regina Camargo, diretora da Across.
- Ser otimista: O pessimismo faz com que o cérebro crie apenas condições de sobrevivência e pare de enxergar possibilidades reais para resolver situações adversas.
- Disposição total: 98% dos gestores contratariam ou promoveriam um profissional de alta energia no lugar de um com energia baixa.

- Liderança em atividades coletivas: independentemente da sua posição, conseguir fazer com que a equipe se sinta motivada para cumprir um objetivo ou resolver uma situação problemática, é valorizado pela alta liderança.
Minha sugestão é que você faça uma autocrítica em relação aos pontos destacados acima e perceba o quanto você está conectado a estas habilidades dos profissionais de alta performance.
Caso você não esteja no patamar dos profissionais talentosos, saiba que nunca é tarde para iniciar o desenvolvimento, pois através de muita leitura, palestras e treinamentos você conquista estas habilidades. Como vimos o talento pode ser nato ou adquirido, dependendo apenas do esforço pessoal de cada um.

Se você deseja contratar os serviços da UNION HOLDINGS entre em contato conosco.

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